Considerada a pior doença dos frutos cítricos na atualidade, o greening ameaça a produção de laranjas, ponkan e mexerica em todo o mundo por ser uma das pragas mais severas para esse tipo de cultura. Por isso, os produtores de Perdões devem ficar atentos com os cuidados que devem ser tomados para evitar que esta praga atinja as plantações de ponkan em todo o município. Para ajudar nesta luta contra o “greening”, a Prefeitura de Perdões, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura Pecuária e Abastecimento, se reuniu com alguns produtores e especialistas no assunto, incluindo técnicos do Emater, do IMA, Instituto Mineiro de Agropecuária de Perdões, Lavras, Oliveira e Belo Horizonte e ainda com o presidente da Associação dos Produtores de Cítricos de Perdões, José Walter Pereira De acordo com o secretário Alyson Carvalho Pereira, para evitar o aparecimento do “greening nas propriedades perdoenses é preciso ficar atendo a três medidas de controle:

1) o produtor deve adquirir mudas sadias de viveiros protegidos,

2) fazer vistorias rotineiras na propriedade para identificar e eliminar as plantas doentes,

3 fazer o controle químico do inseto com a aplicação de inseticidas, com a orientação de um engenheiro agrônomo.

Outra orientação é procurar o escritório do IMA ou da Emater, que fica na Praça Leopoldo Dias, no Centro.

Os primeiros sintomas do “greening” aparecem em um ramo ou galho com o amarelamento das folhas ou manchas verde-amarela. Com o passar do tempo, os ramos doentes perdem muitas folhas e os sintomas se espalham pela plantação. Ocorre também a seca e a morte de ponteiros. Já nos frutos, no nosso caso nas ponkans, o “greening” impede o seu desenvolvimento, as sementes ficam pequenas e de cor escura, a parte branca da casca fica mais grossa que o normal, e ainda há o aparecimento de manchas circulares verde-claras na casca, além de fazer com que o fruto caia da planta. De acordo com os técnicos da IMA, a bactéria que provoca o “greening” é transmitida de planta para planta por meio de um pequeno inseto chamado de Diaphorina citri. Outra forma de transmissão da praga é a utilização de mudas e borbulhas contaminadas.

O secretário de Agricultura lembra ainda que os produtores podem ter grandes prejuízos causados pelo “greening” como plantas com menos frutos, que ficam menores, mais ácidos e com pouco suco. Isto sem falar do prejuízo financeiro, já que o mercado exige frutos sadios, livres de pragas.

Alyson Carvalho também explica que técnicos do IMA já estão visitando as propriedades para localizar possíveis focos do “greening” e posteriormente tomar as medidas de controle da praga.