Nos caminhos das Gerais Entradas e Bandeiras marcaram a história de muitos municípios mineiros. Nestas paragens a história não foi diferente. Por volta do ano de 1770, quando o mundo caminhava para o desfecho do século XVIII, chegou aqui um homem português, cujo nome era Romão Fagundes do Amaral, hábil minerador e bastante ambicioso.

Sem muito atentar para os editos da Coroa Portuguesa vivia a procura de lugares propícios à exploração de riquezas. Nestas terras minerou e enriqueceu. Cruzou linhas históricas e geográficas e hoje temos vestígios de sua teia entrelaçando Perdões, Cana Verde e Campo Belo.

Segundo a tradição Romão Fagundes se tornou fugitivo por manter garimpos clandestinos sonegando os impostos. Depois de muito se esquivar resolveu não mais viver às ocultas e fez uma promessa à Coroa, pedindo o seu perdão. Este se fosse concebido, seria retribuído com um cachinho de banana de ouro. Romão Fagundes assegurou ainda que mandaria vir de Portugal a imagem do Senhor Bom Jesus. O que de fato aconteceu

Por iniciativa do Alferes Romão Fagundes do Amaral, foi edificada a Capela Bom Jesus dos Perdões, por volta de 1770, nas proximidades da qual se formou o arraial de Perdões. Desde o início dedicada ao Senhor Bom Jesus essa igreja é a primitiva capela do Senhor dos Perdões. Depois dedicada a Nossa Senhora do Rosário, quando se construiu a Igreja Matriz. Não sabemos contar quantos passos subiram os gastos degraus que conduzem aos retábulos da fé; não sabemos contar quantas pessoas passaram nesta Igreja em busca de esperança e de ressurreição. Não é possível saber nem mesmo quantos descansam sob o telhado tramado da Igreja, primeiro cemitério da paróquia.

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